Trecho do Capítulo I (Pra que nascemos?)
Quem nunca indagou a si mesmo acerca
do “por que” de seu nascimento, de sua existência? Algumas pessoas passam por
tantas situações difíceis em sua vida, e por isso alegam terem nascido pra
sofrer, enquanto outras nasceram predestinadas ao sucesso, à felicidade. Mas eu
quero te levar a entender que, ninguém nasce predestinado a ser infeliz,
ninguém nasce também predestinado ao sucesso, cada um nasce apenas com a
capacidade de fazer a história que desejar pra sua vida, cada um nasce com
capacidade suficiente para sonhar, e com força suficiente para lutar por aquilo
que sonha. Por tanto aprenda isso: você é desde o seu nascimento uma folha em
branco, quando começou a dar os primeiros passos, quando começou a ter noção do
que é certo e do que é errado, a folha que estava em branco começou a ganhar
cor, começou a ganhar vida, uma história começou a ser escrita, porém, no livro
da vida, na sua autobiografia não existe borracha capaz de apagar nenhum ação
já efetuada, nenhuma palavra já liberada, nenhuma decepção já vivida, a sua
história não é como este livro que você está lendo, onde a qualquer momento
você pode resolver retornar algumas páginas, à medida que você vai escrevendo a
sua história, a medida que você vai caminhando nessa estrada, onde há trechos
que você precisa de ajuda, pois o solo é precário, nessa estrada onde há
momentos que você anseia por um descanso, pois a caminhada é desgastante
demais, pra dizer o mínimo; nessa estrada onde você anseia por ver a famosa luz
no fim do túnel, pois na estrada da vida há momentos nos quais até o belo sol
nos nega o seu brilho, nem mesmo quando amanhece nos sentimos iluminados, aqui
nessa estrada, escrevendo a sua história não há como apagar nada, mas existe um
mar chamado esquecimento, onde você pode e deve lançar aquilo que na sua
história não foi bom, aquilo que te fez, ou que talvez esteja de fazendo
sofrer, rasga essa página e joga nesse mar de esquecimento, pois você não pode
voltar no tempo como pode voltar nas páginas desse livro, mas assim como eu
rasguei, amassei e joguei fora muitas páginas enquanto eu escrevia este livro,
você pode agir da mesma forma em sua vida, na sua história, todos nós erramos,
todos nós choramos, todos nós sofremos, muitos de nós sofremos decepções,
frustrações... mas pra que nascemos? Nascemos pra fazer uma escolha: MARCAR A
VIDA, OU SE DEIXAR SER MARCADO POR ELA [...].
Marcar a vida é você continuar
sonhando, independente do que as evidências apontam, independente do que as
circunstâncias te fazem entender, marcar a vida é romper as barreiras
existentes no caminho, é vencer cada obstáculo, é sorrir quando a ação mais “lógica”
é chorar, marcar a vida é cantar, quando o “ideal” seria se trancar em um
quarto e sofrer de um complexo inferior, marcar a vida é viver de uma forma
diferente.
Ser marcado pela vida é estacionar
diante dos obstáculos, é errar e não ter coragem de tentar novamente, é ser
decepcionado por alguém e não ser capaz de perdoar, é perder uma batalha e ter
medo de ir ao campo de batalha novamente, ser marcado pela vida é sofrer sem
nunca superar o sofrimento, sem nunca querer superá-lo, ser marcado pela vida é
deixar que as situações difíceis assassinem seus sonhos, é permitir que as
evidências sepultem os seus projetos, enfim, ser marcado pela vida dói, porém
marcar a vida é prazeroso, ser marcado pela vida é comum, a grande maioria da
população mundial carrega marcas causadas pela vida, marcas que causam dor, que
fazem chorar; marcar a vida é pra poucos, marcar a vida é mais difícil, porém
marcar a vida é muito mais bonito... Ah! Como é emocionante ouvir alguém dizer
que sonhou e realizou o seu sonho, que lutou e venceu, que plantou e colheu,
que acreditou e alcançou. Marcar a vida é viver de uma forma diferente, e pra
isso você nasceu.
Nascemos para viver de uma forma intensa,
sem medo de errar, sem medo de
fracassar, sem medo de ser, pois viver assim, com medo, é a coisa mais comum da
face da terra, porém, estamos nessa terra, viemos parar aqui, para escrevermos
uma história diferente; você não veio ao mundo para ser um “eco” (1. Repetição de um som reenviado por um corpo duro. 2. Som
assim repetido.3. Som pouco claro. = RUMOR 4. Imitação ou repetição de palavras ou atos.
5. [Figurado] Pessoa que, quando fala, só repete o que outrem disse.
6. Notícia pouco clara ou sem fundamento. = BOATO, RUMOR. 7. Recordação ou
vestígio. = MEMÓRIA etc.)
Você nasceu para ser uma “voz”, viver com medo é
ser uma espécie de eco das vozes de pessoas covardes, ser o eco de pessoas que
não sabem viver, não seja um eco da voz do medo, não seja um eco da voz da
covardia, não seja um eco da infelicidade, da frustração, seja uma voz, pois
pra isso você nasceu: pra ser uma voz anunciadora das realizações que você
alcançou, ou que você alcançará, uma voz de coragem, uma voz encantadora, você
veio ao mundo para ser uma voz que causa ecos, não eco de vozes estranhas e
desagradáveis, seja afinado na vida, seja uma voz digna de aplausos viva de uma
maneira diferente, pois você nasceu pra ser diferente... Você não nasceu pra ser como seu pai foi ou
é, você não nasceu pra viver como seu avô viveu, você não nasceu pra seguir os
mesmos passos de seu tio ou tia, você não está nessa terra pra viver igual aos
seus irmão, aos seus amigos, você não nasceu pra ser igual o seu colega você
nasceu pra viver a diferença, você nasceu pra viver o que ninguém ainda viveu,
nascemos para vivermos o inédito, afinal, todo mundo está cansado de filme
repetido, eles já não fazem mais sucesso, Romeu e Julieta é um clássico muito
bonito, mas já não é mais inédito, não emociona com o mesmo impacto de sempre,
afinal todos já conhecemos o início, o meio e o fim dessa história, Titanic
esse filme baseado em fatos reais é tocante, emocionante, é impossível assistir
Titanic e não ficar emocionado, pra algumas mulheres, como minha irmã e minha
prima é impossível não chorar a ponto de soluçar, mas não existem mais
surpresas nesse filme todos nós já conhecemos o início, o meio e o fim dessa
história, mas quando uma plateia está diante de algo novo, inédito, você pode
perceber nos olhos de cada um, a emoção misturada com muita ansiedade por saber
como será o final dessa história, há quem de tão ansioso pelo final da história
comece a roer as unhas, comece a se surpreender a cada cena diferente, a cada
frase inédita; um filme inédito pode não ser tão emocionante quanto o Titanic,
pode não ser tão marcante e emocionante quanto Romeu e Julieta, mas viver o
inédito, protagonizar o inédito é certamente uma experiência impagável,
indescritível... Você não entendeu? Eu explico, eu quero te dizer o seguinte:
Viva o inédito, viva o que ninguém viveu, pois isso sim é emocionante, isso sim
é ser feliz, isso sim é desfrutar da vida, talvez a sua história não seja
melhor do que a de outras pessoas, mas e daí? Roberto Carlos canta pra você:
“[...] se chorei e se sorri o importante é que emoções eu vivi [...]”. A
felicidade nem sempre está em sempre vencer, em sempre ser superior, em somente
conquistar a felicidade está principalmente em compreender o por que do seu
nascimento, você nasceu pra viver intensamente, pra viver de uma forma
diferente, pra marcar a vida, não se permitir ser marcado por ela, caiu?
Levante. Parou? Acorda amigo (a)! Tá na hora de retomar o caminho em direção a
sua felicidade, pois você nasceu pra ser feliz.